segunda-feira, 29 de março de 2010

EXPECTATIVAS.

Quais são nossas expectativas quanto à campanha eleitoral deste ano? É muito difícil apontar com precisão o que espera o povo brasileiro na sua maioria, devido à diversidade de situações, necessidades, e estilo de vida que levamos em pontos diversos do Brasil.

Entretanto, há duas coisas que certamente podemos esperar do debate político entre nossos candidatos ao Planalto. A primeira delas é uma eleição limpa. Mas não levemos o termo “limpa” muito a sério, pois estamos no Brasil, e estamos falando de política, o que enfraquece quase que totalmente o sentido da palavra. Limpa quer dizer apenas que oficialmente os candidatos não foram manchados pela corrupção – ainda. Por outro lado, isso significa que realmente poderemos nos debruçar sobre as propostas e analisar o que é melhor para o Brasil. Em suma, significa que teremos opções, e que realmente poderemos escolher apesar de não serem muitas as opções e nem tão diversas se analisadas mais de perto. Tudo isto está posto, por que seria verdadeiramente ruinoso para o Brasil ter uma eleição presidencial onde um dos candidatos é comprovadamente corrupto, o que levaria à concentração de votos em apenas um candidato, isto é, nos tiraria a possibilidade de escolha.

A segunda expectativa quanto à campanha eleitoral deste ano, é exatamente o fato que torna os candidatos não muito diferentes entre eles, tendo-se em vista suas propostas. Isto é, não veremos um debate político, mas sim um debate administrativo. O que quer dizer que assistiremos uma corrida para ver quem consegue desenvolver mais o Brasil. E neste ponto nós perdemos muito. Perdemos não por que o desenvolvimento seja ruim, mas por que as pessoas merecem antes de um país desenvolvido, um país que lhes ofereça condições de vida satisfatórias, condições de vida ao menos humanas. Nisto algumas políticas afirmativas do governo Lula vieram a calhar. Mas é preciso mais do que isso, é preciso mitigar o máximo possível o problema com ações transformativas. Para se ter uma evidencia disso, basta olhar a colocação do Brasil entre os outros paises do mundo quanto à educação, saúde, cultura e segurança.

De certo modo, basta a busca do controle e não da erradicação dos problemas sociais para termos a fuga de uma política utópica ou desenvolvimentista. Caso nos sirva de consolo, há ao menos a candidata do PV, que em teoria não professará a política do desenvolvimento na qual o Brasil está envolto. A menos que ela proponha uma política de “desenvolvimento sustentável”, o que é muito provável. Em resumo, não nos posto aqui contra o desenvolvimento econômico em prol do social, por que é muito provável que atualmente isso nem seja possível. Mas nos colocamos sim, a favor de uma maior integração econômico/social, para que no fim de tudo não possam ser justificadas piadas como as de Robin Williams.

Um comentário:

  1. O debate politico em nosso país perde em importância porque nossa população pouco acredita que exista uma verdadeira intenção de mudança/melhoria.

    Pra mim decorre de um problema básico: “obrigatoriedade de votos”.

    Mas enfim,

    Quem quiser votar ao menos com um pouco de consciencia terá de acompanhar o debate nos meios em que ocorrerem e sustentar a esperança de “Um Brasil de todos os brasileiros”

    Abraços,
    Leandro Lopes.

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