quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Olho aberto para os gastos públicos!
A capa da Folha de S. Paulo da semana passada exibia como manchete principal: “Copa no Brasil em 2014 já custa mais que África-2010”. Nada de tão surpreendente assim, tratando-se do histórico de altos gastos na realização de megaeventos no país e do grande estouro no orçamento dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro em 2007. A Copa do Mundo de 2104 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, serão ótimos eventos para a projeção do Brasil no cenário internacional. Porém, ao mesmo tempo será a glória para cartolas, políticos e empreiteiras, que poderão abusar dos gastos caso não entre em vigor uma fiscalização de controle eficiente.
O ministro dos esportes Orlando Silva (PCdoB) afirmou que duvida que os africanos vão gastar menos que o Brasil, mas o ministro esquece de olhar a retaguarda. Infelizmente as autoridades brasileiras não têm o menor pudor quando se está em jogo verba pública. Além de tudo que ocorreu nas obras dos Jogos Pan-Americanos do Rio, os políticos brasileiros como um todo são famosos pelos altos números de escândalos de corrupção. Não adianta erguer modernos estádios para depois os deixarem fechados.
Louco pensar que, o jornal americano The New York Times, publicou uma reportagem sobre a situação do majestoso estádio Ninho do Pássaro, palco principal dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. Totalmente abandonado, o estádio está sendo aberto apenas para visita de turistas estrangeiros que pagam por isso e ainda podem comprar souvenirs nas lojas do estádio. Graças aos altos custos para manter a arena, o principal time de futebol da cidade não quis ficar com o estádio. Assim como modernas arenas erguidas no Rio de Janeiro para o Pan-2007, o Ninho de Pássaro não passa de um grande elefante branco na paisagem de Pequim.
A sociedade não pode ficar calada e tem que cobrar as autoridades sobre a verba gasta nestes dois grandes eventos. Será impossível fazer uma Copa e uma Olimpíada sem gastar dinheiro público, porém é preciso haver um controle. O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) na condição de órgãos máximos do esporte olímpico e do futebol, respectivamente, também precisam ser fiscalizados e cobrados. Fiquem Atentos.
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Oi, Michelle.
ResponderExcluirPassei para fazer uma visita a convite seu. Gostei. Vou aparecer mais vezes por aqui.
E dizer que o ninho de pássaro corre o risco de se transformar só nisso mesmo...