quarta-feira, 6 de julho de 2011

Educação

Em março a Unesco, braço da ONU para a cultura e educação, divulgou seu ranking anual de educação contando o ano de 2010. Alguns países subiram na avaliação e outros caíram. Ao todo foram listados 127 nações de todos os continentes. O Brasil permaneceu no mesmo lugar de 2009: a 88ª colocação. Isso mesmo caro leitor, 88º posto de 127, que correspondente ao nível médio. Mas bem que poderia ser nível medíocre.

Maior país da América do Sul, o Brasil fica atrás de todos os seus vizinhos como Uruguai (36º), Argentina (38º), Chile (49º), Colômbia (71º), Peru (72º), Venezuela (74º), Paraguai (77º), Bolívia (78º) e Equador (80º). Ou seja, somos os piores do nosso continente em educação. Uma vergonha. Nos países de língua portuguesa não podemos comemorar muito. Só superamos Moçambique e Cabo Verde. Países de pouca expressão mundial como Moldávia, Belize e Namíbia estão a nossa frente.

Mas como isso é possível? Como o país que detém o oitavo maior PIB do mundo e é considerado um aspirante a potência no futuro é apenas 88º no ranking de educação? Simplesmente porque os nossos governos desde que Cabral aportou por aqui nunca ligaram para a educação. Não há investimentos e quando há, são abandonados ou pouco explorados. Tivemos melhoras nas últimas décadas com mais alunos chegando ao ensino superior e um combate mais rígido contra o analfabetismo.

Mas de que adianta combater o analfabetismo e ensinar um cidadão apenas a conseguir assinar o seu nome numa folha de papel? Quem manda no Brasil atualmente tem medo de uma palavra que está na nossa bandeira: progresso. Com educação você adquire conhecimento e progride. É um passaporte para uma vida melhor.
Se tivéssemos a educação e politização de uma Suécia ou Estados Unidos, por exemplo, acabaria a mamata da classe política, dos bancos sanguessugas, da mídia manipuladora e dos empresários bilionários que lucram com a ignorância do povo. E para eles, quando mais burro melhor. Com pessoas mais educadas haveria mais competitividade no mercado de trabalho, mais vaga para pesquisas em universidades e o país todo evoluiria. Mas isso parece mais um sonho distante, uma utopia.

É duro ver escolas como na imagem à cima, sem estrutura decente para uma prática tão importante da nossa vida. Isso que existem escolas em condições muito piores nos rincões do Brasil. Pior é ver político fazendo festa ao receber alunos que ganham medalhas em Olimpíadas Internacionais como se fossemos uma Noruega da vida. É preciso uma revolução na educação urgentemente, caso contrário iremos nos igualar ao Níger, 127ª colocado na lista da Unesco e lanterninha do ranking da educação.

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